segunda-feira, 24 de maio de 2010

Tens tempo... ?


Meu amigo, hoje lembrei de você.
Lembrei dos laços que nos uniram (e ainda unem).
Pode parecer estranho ou até louco, mas me bateu uma imensa vontade de escrever sobre como as coisas estão aqui.
Sinto te dizer que não temos nos encontrado muito, não andamos mais de bicicleta por aí, não vemos filmes sem um centavo no bolso, não ficamos até tarde conversando... É, falta-nos tempo. Estamos vivendo como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Só que não o temos.
Parece pessimista, mas não é.
Ainda pouco estávamos pensando no tempo que temos, que nem sempre o utilizamos para estar perto dos que amamos.. Sempre parecemos ter algo mais importante para fazer... Somos ocupados demais.
Como se compra um sorriso? Me diz onde vende... Eu vou lá.
Como se conquista um coração, uma lágrima pode ser repetida (com o mesmo significado) se o teu amigo não tiver lá pra ver, te ouvir, conversar?
Lembra daqueles aniversários? Tudo improvisado, chamávamos todo mundo, e a comida ainda sobrava. Ia ser sempre um bolinho. - "Ó, mas não repara que vai ser só um bolinho". E tinha pastel, cachorro quente, docinhos... Quanta alegria!



Ríamos, demasiadamente. Não tínhamos muitas preocupações para o dia seguinte. Seria este o segredo?
Existirá um segredo?
Quero um dia poder ter a certeza de que não irei me lamentar novamente, por ter sido ocupada demais. Por não ter tido tempo para ouvir, sorrir, amar, escutar, dançar, viver... .
Não quero me lamentar pelo tempo perdido, pelo que não vivi, pela saudade que estarei sentindo e não terei como suprir.
É o espetáculo diário da vida, de ir atrás daquilo que sonhamos, acreditamos, mas sem deixar de ser quem somos. Não deixemo-nos embrutecer. Não se perca aquilo que sentimos, não deixemos aqueles que amamos, pois a vida não fará o menor sentido.
No fim verás que serás mais lembrado pelas presenças, do que ausências e serás feliz por ter se tornado indispensável para alguém. Preciso dizer: és indispensável para mim.

domingo, 9 de maio de 2010

Felicidade acontece...


Retorno para o começo. Recomeçar sempre é difícil.
Difícil, pois exige recordar quem somos. Exige abrir mão de um mundo de ilusões para ir exercer aquilo que somos.
Vez ou outra, nos vemos vivendo algo que não somos. E isto agrada...
Esquecemos de nós. E, assim, fazemos os outros felizes.
E onde ficam os nossos sonhos?
Se é que existem.
Felicidade não é questão de merecimento, mas de pertencer. Pertencer a você mesmo, não permitir que vivam por você. Porque um mundo de felicidade nos espera: um mundo mais real, mas que é nosso. Só nosso.
Eu vou atrás... Daquilo que é meu.
Eu vou atrás dos meus sonhos, e você está neles.
Você está comigo o tempo todo.
Todo.
Sou parte de você.
A certeza de não estar só me leva em frente e assim sei que meu coração não bate em vão. E nem poderia.
Pois aqui ou lá, em qualquer segundo que se apresente, tenho teu sorriso em minha memória e em meu coração. Eu sou tua, meus pensamentos são teus.
Eu sou em você, tu és parte de mim.
Somos um só. Meu benzinho, meu amor.
Meu coração (é exatamente do mesmo tamanho que o teu).
Desculpa se meus versos só falam de nosso amor, pois assim que é, o nosso amor. Assim que é toda esta felicidade: a partir deste viver que se juntou em um determinado momento, mas que parece existir desde sempre.
Este viver que é pertencer, que é sonhar. Que é nosso.
Desculpa se este vão coração só pensa em ti, mas assim que é.
Esperançoso de poder estar contigo a admirar o céu, que parece estar mais bonito quando te vê.. Até ele sente a alegria de estar contigo. Até ele sabe o quanto teu sorriso redefine a direção das coisas.
Pode ser por mais um dia, pode ser a vida toda, sempre serei agradecida por ter vivido este amor. Sei que nunca ninguém vai entender o que sinto, mas este meu coração sabe (e sente) o que de fato nossa vã sabedoria não entende.
Como a nova lua que traz esperança de perdão, de novos dias mais bonitos, de sorrisos e encontros em meio a perdas teu sorriso veio fazer dormir este medo meu.
Este não sei que não me fez chegar a lugar algum.
Contigo posso ir mais longe, mesmo com o coração fora de compasso, de controle, diante de algo que não sei definir.
Algo que não sei como é, como sinto, mas que chegou, ficou e faz parte de mim.
Algo que nos faz, nos direciona numa sensação de pertencimento, de fazer parte de nós mesmos, de viver aquilo que sonhamos e que nem por isto deixa de ser real.. Deixa de ser nosso. Aquilo que nos pertence e ninguém pode tirar de nosso domínio: nossos sonhos reais, paradoxalmente reais. Nossos sonhos lindos, estas palavras vãs, mas que preenchem o nosso coração, a nossa vida.
Quero ser e estar contigo, nesta poesia inacabada, que nunca estará completa. Nestes passos que te procuram corajosamente, sem esperar nada em troca, tão somente o silêncio profundo de uma saudade que não tem fim. Passos que não te encontram, mas que se alegram por saber que (em algum lugar) estás a me completar.
Palavras que já não são mais suficientes... Pra dizer o que a gente sente.
Pra nos levar em frente, sem sentir aquilo que os outros sentem, sabendo que este sentimento é só nosso. Sabendo que este amor nos salvou, sabendo que somos um só. Percebendo que nos pertencemos, sem cobranças, e sim porque desde sempre (este que se constrói hoje) foi assim.
Em frente, com força, juntos.
Juntos.