sábado, 30 de outubro de 2010



Sempre tentaram me fazer acreditar que as pessoas podem ser nossas. E, de fato, por vezes pensamos assim. Mas não é assim. As coisas não são assim, as pessoas não são assim, as pessoas não são nossas.

Por mais que queiras o bem, por mais que queira agregar, somar, construir, um sorriso não tem o direito de ser seu. É preciso libertá-lo, pra ir de encontro a outros sorrisos. É preciso que saibam: um sorriso só é bom, se é livre.

Um coração só pode te completar se ele tiver a opção de não retornar nunca mais. E se ele quiser ficar? Bom, será bom, será inexplicável, na beleza daquele momento.

Permita-se descobrir o que está encoberto, sentir o que ninguém percebeu, ver o que é oculto aos olhos. Sinta aquilo mesmo que ninguém pode nos dizer, que ninguém pode sentir por nós.

E se quiser ficar, vem comigo, vem buscar o inesperado, vem sorrir solto, leve, aberto, livre. Vem se arrumar comigo, neste instante, agora. Vem, mas vem com a liberdade destas palavras doces, nessa completude no silêncio, no que não pode ser mediado.

Vem, mas vem livre, simples, vem só. Com ou sem medos. Com ou sem sonhos, com ou sem esperanças, mas vem... Porque as vezes não é preciso mesmo explicar o que se sente, basta sentir. Isto é tudo. Isto basta.

sábado, 23 de outubro de 2010

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Felicidade é coisa assim como poder ver o teu sorriso.
Felicidade é te ter. Não importa onde, não importa como.
É tudo de mais precioso que pode haver nesta vida, que pode haver neste mundo.
Felicidade é coisa pra ser sentida aqui, vivida, experimentada. Sentida. Felicidade é saber que, em algum lugar, tu estás a me completar.
É este coração disparado, fora de compasso, FELIZ! FELIZ! FELIZ!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

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Decida ir atrás do que é seu. Não por certeza, mas certamente por incerteza.
Quanto maior esta for, mais próximo se está daquilo que se busca. Com maior rapidez encontra-se.
Não por saber quem é, mas por estar descobrindo. Não por saber onde se quer ir, mas talvez o ficar parado seja doloroso por demais.

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Fugir de si mesmo, é o maior engano que pode existir.
Não ser nós mesmos é o maior equívoco que poderia haver,
pois se não nos reconhecemos, como poderíamos reconhecer e desbravar tudo que está por vir?
Tudo de maravilhoso que nos espera ali, no segundo seguinte.
Fugindo de si, perde-se tudo outro que nos fundamenta, complementa e reinventa, de distintas formas, de distintas maneiras. As vezes pra se achar, é preciso perder um pouquinho. Bastante pouquinho.

Retornável.

O que dás, é o que volta pra ti.
Dê amor,
Dê o melhor de você.
Dê tudo o que podes dar.
Pode parecer muito, talvez não reconheçam o quanto lhe é devido..
Mas é assim que é.
É assim que as coisas acontecem.
Veja bem, te digo, abra tudo. Abra-se.
Abra suas idéias, abra seu coração.
Se abra. Abra-se ao novo. Abra-se ao mundo. Abra-se a você.
Naquela tarde, tudo de que precisava era de um pouco de prosa. Um pouco de sorriso, um pouco de estar aqui mesmo, naquele lugar.
Por mais que me disessem precisar de muitas coisas, de várias coisas, tudo de que eu precisava era estar ali. Com aquelas conversas, aquelas pessoas, aquele momento.
Retornando, sem saber, eu retornava pro que sou. Neste esquecer de mim, talvez tenha me perdido.
Neste caminho construído dia de vez em quando, quis ir muito na frente, saindo de ritmo, de compasso. Quis estar demais e acabei não estando.
Quis ser tudo, mas acabei não sendo nada.
Quis deixar de sentir, mas não foi possível. Corações que vêm grandes, não podem ser sufocados. Seria um crime tentar fazê-lo. Corações grandes precisam expandir-se. Precisam crescer.
Sentem-se apertados, sem jeito, incompreendidos.
Corações grandes precisam sonhar, viver, viver, demasiadamente. Sentir, meticulosamente, os detalhes, as pessoas, os sorrisos, os gestos.
Corações grandes precisam sentir, ser sentidos, tocados. Perceber e ser percebido. Precisam sonhar, por mais que digam não ser possível.
Precisam tocar nos outros, tocar nas suas alegrias, sentir as suas dores, perceber a raridade de cada instante. Perceber que temos tudo quanto precisamos e nada mais é necessário.
Gargalhadas, silêncios, olhares. Estes corações percebem tudo isso.
Com afinidade, pequenos gestos remetem à sentidos grandes, assim como estes corações.
Abertos, vivos, apaixonantes. Cheio de sentidos, significados. Cheio de si, cheio de coisas, repleto de detalhes que, juntos, numa coisa só, nos fazem ser assim, sem explicação.
Nos fazem ter a certeza de que nesta expansão retornamos ao que havia vindo, fugido, mas que voltou.
Recordamos tudo de que precisamos e que, as vezes, parece estar tão lá longe, pois basta só isso. Isto tudo. O tudo que vem pequeno, cresce, reaparece, enobrece, enriquece. No sentido mais expansivo dos olhares, das palavras, destes corações.