Um dia assim, em que acordei longe de mim.
Dia em que me preocupei com tantas coisas, fui lá longe e voltei.
Sinceramente, não parecia fazer parte de mim.
Corri assim, andei de cá pra lá, de lá pra cá.
Busquei, corri, falei, falei, falei. Mas não sorri.
Me preocupei muito comigo, sabe?
Ou será que esqueci?
Onde eu estava nesse breve instante de tempo, em que eu não parecia estar aqui?
Recordar de mim, recordar de quem eu sou, é um constante exercício de ser eu mesma.
Como é isso?
Não sei. Só sei que a resposta vem.
Com um sorriso, com alguém que se alegra por ter você por perto.
Mesmo sabendo que, pra você, de repente nem estás ali.
Há explicação pro fato de você fazer a diferença pra alguém, quando você nem se sente fazendo diferença pra você mesmo?
Me encontrei ali: nesse acreditar no que sentimos, nesse sorriso que não espera nada em troca, nessa lembrança dos nossos momentos (sejam eles bons ou ruins)..
Pois nem só de alegria pode viver o ser humano. Geralmente crescemos mais quando perdemos algo.
Sempre achei um discurso de consolação, mas até que faz um pouco de sentido.
Bem pouquinho, pois geralmente se aprende a ter tudo que sempre quis, como diz o poeta.
Querer ter mãos dadas, sorrisos, abraços, amigos, amigos, amigos, um amor, uma flor, nuvens com formatos sugestivos, bicicleta e vento no rosto, sol, mar, barulhinho de chuva, cheiro de terra molhada, é querer demais!?
Acho que não.
Se te lembra ser quem és. Se te faz pertencer, estar, viver.
Se te faz sentir, sonhar, realizar.
E por completo, nada de pedacinhos...