domingo, 23 de outubro de 2011

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Fico aqui me perguntando sobre tudo isso que esperamos demais.
Não basta ter alguém com você: queremos que seja incansavelmente intenso, sem pausas, interrupções, sem dificuldades.
Mas nada é assim.
Vai ter um dia que vai bater o cansaço, o medo, a dor.
No outro, virá a alegria, a força, o sorriso, as mãos dadas. Nessa completude em meio às imperfeições, nos completamos.
Completamos sem sentido, muitas vezes sem vontade, mas independe de nós.
Nos direcionamos, situamos, vivemos. Aprendemos, crescemos, noutras vezes diminuímos, passos pra trás, longos pra frente.
Dias a gente solta fogos, noutros guarda as dúvidas bem apertadinhas dentro de nós.
Noutros, a gente grita, grita e grita, mas ninguém escuta...
Tem dia que você olha, dá aquela piscadinha, e tudo se enche de luz.
Então, pode ser que ela vá embora, mas a correria (ou até mesmo andar devagarinho) pra encontrá-la, vale por toda a busca.
Assim: correndo, parando, se encontrando e se perdendo. Expandindo, descendo, aumentando e crescendo, ... Só assim.
Assim que a gente se encontra, nessas pausas, vividas, muito bem vividas, muito.
Sem se preocupar muito com o que e como viver,
mas descobrindo em cada dia e momento a alegria de poder ficar mais um pouquinho por aqui.
Aqui, bem aqui. Sabe? Por que dias mais felizes têm a esperança de nos encontrar. Dê essa chance. Dá sim.